As lesões musculoesqueléticas (LME) costumam afetar músculos, articulações, tendões, ligamentos, nervos e ossos. Podem ser agudas, resultantes de um evento específico ou trauma, como um acidente, queda, impacto, ou esforço excessivo durante atividades físicas/esportivas. Exemplos incluem entorses, distensões, fraturas, estiramentos e rupturas de tendões. Podem acontecer com qualquer pessoa, independentemente da idade ou condição de saúde, embora certos fatores como a prática de esportes ou atividades de alto risco possam aumentar a probabilidade de ocorrência.
Dentre os fatores de risco estão os fatores físicos, biomecânicos, organizacionais, psicossociais e individuais. Além disso, podem variar de leves até situações clínicas mais graves, que exigem abordagem cirúrgica. As LMEs também podem estar relacionadas a atividades laborais, e neste caso afetam milhões de trabalhadores em todo o mundo e trazem custos altíssimos para empresas e governos.
Profissionais de educação física, fisioterapeutas e médicos desempenham um papel importante na prevenção e tratamento de lesões musculoesqueléticas, sendo responsáveis diretos por diminuir sofrimentos, evitar incapacidade e melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem com este tipo de lesão.
Por isso, é essencial melhorar o atendimento a pacientes com lesões musculoesqueléticas de maneira constante. Ao se capacitar e promover um atendimento de excelência, garantimos mais bem-estar e saúde àqueles que sofrem com as consequências deste tipo de lesão. Por isso, a seguir separei algumas dicas para que você possa continuar sempre evoluindo em seus atendimentos.
Avalie as necessidades e os riscos de cada paciente
Antes de iniciar qualquer programa de exercício físico, é fundamental que você faça uma avaliação das necessidades e dos riscos de cada aluno/paciente. Isso envolve conhecer o seu histórico médico, a sua capacidade física, o seu estilo de vida e os seus objetivos.
Assim, você poderá gerenciar os fatores de risco associados à LME e as limitações existentes.
A avaliação permite que você crie estratégias de treinamento eficazes para aliviar a dor e melhorar a função articular e, também, planeje um programa personalizado, adequado ao perfil e às expectativas de cada paciente. Você deve levar em conta as características individuais, como idade, sexo, idade, genética, histórico de lesões, fatores psicossociais, condição física e preferências pessoais.
Além disso, você deve considerar as recomendações médicas para maior compreensão da lesão em questão, e também caso o paciente tenha alguma doença prévia.
Oriente os exercícios físicos de forma segura e eficaz
O exercício físico é parte fundamental do processo de tratamento e prevenção das lesões musculoesqueléticas por todos os benefícios globais, como aumento de força muscular, melhora de amplitude de movimento, melhora da autoeficácia, autonomia para as atividades diárias e controle dos níveis de estresse.
No entanto, ele deve ser orientado de forma segura e eficaz, para evitar o agravamento das lesões ou o surgimento de novas.
Você deve instruir os seus alunos/pacientes sobre como seguir o programa de exercícios e as atividades físicas, respeitando os limites do corpo e evitando sobrecargas de treinamento. Você deve também, sempre que possível, ser suporte na aprendizagem, execução dos exercícios, e monitoramento de fadiga, dor, estresse, qualidade do sono e controle da intensidade, adaptando-os conforme o progresso e as necessidades de cada paciente.
Estimule hábitos saudáveis no dia a dia
Além do exercício físico, é importante que você estimule os seus pacientes/alunos a adotarem hábitos saudáveis no dia a dia, evitando o sedentarismo. Isso inclui manter uma alimentação equilibrada, beber água suficiente, dormir bem, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool e outras drogas.
Também é importante orientar sobre como prevenir as LMEs no ambiente de trabalho, em outras atividades cotidianas e até mesmo alertar sobre a relação entre o estresse e as lesões musculoesqueléticas.
Para isso, algumas atitudes podem ajudar: oriente-os a evitarem ficar na mesma posição por muito tempo, seja sentado ou em pé; a fazer pausas regulares para alongar o corpo; e usar equipamentos que tragam conforto na rotina de trabalho.
Mantenha uma comunicação clara e empática com os pacientes
Não esqueça de manter uma comunicação clara e empática com os seus pacientes/alunos. Isso significa explicar os benefícios dos exercícios físicos para a saúde musculoesquelética; esclarecer as dúvidas e as preocupações; ouvir atentamente as suas queixas e sugestões; motivá-los a persistirem nos seus objetivos; além de reconhecer os seus esforços e resultados.
Uma boa comunicação pode melhorar a relação de confiança e de cooperação entre você e os seus pacientes/alunos, aumentando a adesão e a satisfação com o atendimento.
Além disso, pode contribuir para a melhoria da autoestima, da autoconfiança e do bem-estar, fatores que influenciam positivamente na recuperação das LMEs.
Mas, para melhorar sua comunicação, seu atendimento e, também, a assertividade na prescrição de exercícios físicos para pessoas com lesões musculoesqueléticas, é essencial investir em sua evolução profissional.
Por isso, se você possui uma clínica, estúdio, academia, trabalha como Personal Trainer autônomo, fisioterapeuta ou em alguma área da saúde e deseja aprender mais sobre prescrição do exercício físico, atendimento humanizado e de qualidade, fale comigo!
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Vamos juntos, #deOlhoNoMovimento!