Estratégias de Treinamento Eficazes para Aliviar a Dor e Melhorar a Função Articular

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Estudos populacionais em adultos no Brasil revelam uma prevalência de dor crônica de aproximadamente 40%, ou 85 milhões de pessoas. A prevalência de dor crônica intensa (intensidade ≥ 8) gira em torno de 10%; e de dor crônica com limitação grave ou generalizada em torno de 5%.  

Dor lombar é a dor crônica mais comum, seguida por dor em joelho, ombro, cabeça, costas e pernas ou membros inferiores. Um estudo realizado em capitais brasileiras mostrou prevalências de 77% para dor nas costas; 50%, no joelho; 36%, no ombro; 28%, no tornozelo; 23%, nas mãos e 21%, na cervical o que diminui muito a qualidade de vida. 

Estas dores podem se tornar incapacitantes, afastando pessoas de atividades físicas, tornando-as sedentárias, promovendo sobrepeso e comorbidades. 

Nós, profissionais da saúde, temos papel importante no auxílio a estas pessoas, através da promoção da saúde coletiva, principalmente por meio do desenvolvimento de estratégias de treinamento eficazes para aliviar a dor e melhorar a função articular destes pacientes. 

Cabe a nós, compreendermos as causas da dor, seus impactos na vida de cada um, para então desenvolver uma abordagem individualizada, visando combater o sedentarismo e promover hábitos saudáveis.  

Compreendendo a dor articular e suas causas 

As dores articulares e musculoesqueléticas podem ter diversas causas. Por isso, é importante que pessoas lesionadas ou com dores crônicas, tenham suporte de profissionais especializados, capazes de identificar as causas para que, assim, as dores possam ser tratadas de maneira assertiva. 

As dores articulares podem afetar pessoas de diversas idades e condições de saúde, podendo ter origem em lesões esportivas, laboral, por traumas, como quedas e outros fatores do estilo de vida. 

É importante que o profissional de saúde tenha completo entendimento sobre as causas e tipos de dores.  

Dores relacionadas a artrite reumatoide e osteoartrite, por exemplo, terão causas e abordagens diferentes das dores ocasionadas por um trauma durante prática esportiva. 

Portanto, além do tratamento medicamentoso, é importante que o paciente receba o suporte de profissionais da saúde e de educação física, a fim de desenvolver estratégias de treinamento eficazes para aliviar a dor e melhorar a função articular, levando sempre em consideração suas necessidades e limitações específicas. 

Avaliação e planejamento adequados 

Após entender as causas relacionadas a esta dor articular, é imprescindível estabelecer metas realistas e desenvolver um plano de treinamento personalizado para o paciente, levando em consideração suas capacidades, necessidades, limitações e objetivos. 

A avaliação inicial deve levar em conta a aderência do paciente ao exercício físico, com o intuito de manter a pessoa em movimento. 

Entendendo o perfil do paciente, fica mais fácil direcionar a frequência, a intensidade, a duração, o volume e o tipo de exercício. 

Estratégias de treinamento eficazes 

Ao conhecer com mais profundidade as causas da dor articular e o perfil do paciente, fica mais fácil definir as estratégias de treinamentos mais eficazes. 

O plano pode envolver exercícios aeróbios, resistidos (força) ou neuromotores (incluindo flexibilidade, coordenação, equilíbrio), dependendo do tipo de lesão e das características do paciente. 

Para pessoas com artrose no joelho, por exemplo, os exercícios mais indicados envolvem o aumento da força dos músculos, pois a fraqueza muscular está associada à má distribuição de carga na articulação do joelho, a piora do quadro inflamatório, podendo contribuir para evolução da doença. 

É importante frisar os benefícios e indicações de cada tipo de exercício: 

  • Exercícios aeróbicos são indicados para quem também deseja melhorar a saúde cardiovascular, podendo optar por atividades como natação, hidroginástica, ciclismo, caminhada, dosadas de acordo com as fases do tratamento e sintomas. 
  • Exercícios neuromotores  como ioga, pilates ou tai chi chuan podem auxiliar no alívio da rigidez e no aumento da mobilidade articular.  
  • Exercícios resistidos ajudarão a fortalecer os músculos, reduzindo a pressão nas articulações, melhora das habilidades motora, prevenção de lesões. 

Considerações importantes no atendimento aos pacientes com dor articular 

Para que a prescrição do exercício físico seja assertiva e colabore para aliviar a dor e melhorar a função articular, aumentando a qualidade de vida do paciente, é essencial realizar uma boa avaliação.

Ao entender o perfil do paciente, fica mais fácil para o profissional de educação física, direcionar a frequência, a intensidade, a duração, o volume e o tipo de exercício. 

No entanto, é importante frisar que o sucesso nas estratégias de treinamento, passa pelas nossas mãos, profissionais de saúde, que orientam as atividades físicas aos seus pacientes e de educação física que são responsáveis pela prescrição e acompanhamento do treinamento.  

Por isso, mais do que apenas prescrever exercícios, é importante que tenhamos uma abordagem empática, com comunicação assertiva e clara, capaz de mudar a vida das pessoas e colaborar para a saúde coletiva. 

Se você quer ser este tipo de profissional, fale comigo! Posso te ajudar a desenvolver estratégias de treinamento eficazes para os pacientes com doenças e lesões musculoesqueléticas, melhorando também sua abordagem, comunicação e seus atendimentos. 

Conte comigo e vamos juntos #DeOlhoNoMovimento.