As lesões musculoesqueléticas são aquelas que afetam os músculos, tendões, ligamentos, ossos e articulações. Elas podem ser causadas por traumas, esforços repetitivos ou doenças degenerativas, comprometendo a mobilidade, a funcionalidade e a qualidade de vida das pessoas.
À medida que o sedentarismo se torna mais comum e a inatividade física aumenta, este tipo de lesão se torna mais presente e comum. Estudo aponta que nos Estados Unidos, quase 50% da população não realiza os níveis mínimos de atividade aeróbica recomendado pelas Diretrizes de Atividade Física. Já na Europa, as lesões musculoesqueléticas são o problema mais frequente relacionado ao trabalho. Cerca de 25% dos trabalhadores relatam sofrer de dores lombares e 22% queixam-se de dores musculares constantes.
Por isso, é importante buscar um tratamento adequado para essas lesões, que pode envolver o uso de medicamentos, fisioterapia e o exercício físico como complemento do processo de reabilitação. Este é fundamental para melhora da função física, prevenção de novas lesões e qualidade de vida a longo prazo.
O que fazer antes da prescrição do exercício físico para pessoas em processo de reabilitação?
Afinal, quais são os melhores exercícios para a reabilitação de lesões musculoesqueléticas? A resposta não é tão simples, pois depende do tipo, da localização e da gravidade da lesão, bem como das características individuais.
Antes de qualquer coisa, é importante desenvolver estratégias de treinamento eficazes para aliviar a dor e melhorar a função articular.
Para isso o fisioterapeuta e o profissional de educação física precisam:
- compreender a dor;
- realizar avaliação específica e planejamento adequados.
É fundamental que o profissional de saúde possua um entendimento abrangente sobre as origens e variedades de dores. Por exemplo, as dores relacionadas à artrite reumatoide e osteoartrite terão causas e abordagens distintas das dores decorrentes de um trauma durante a prática esportiva.
Após compreender as razões que levaram à lesão e sintomas, é essencial estabelecer metas realistas e criar um plano de treinamento personalizado para o paciente, levando em consideração suas habilidades, necessidades, restrições e objetivos.
A avaliação inicial deve considerar a adesão do paciente ao exercício físico, visando manter a pessoa em movimento.
Compreendendo o perfil do paciente, torna-se mais fácil determinar a frequência, intensidade, duração, volume e tipo de exercício adequados.
Melhores exercícios para reabilitação de lesões musculoesqueléticas
De modo geral, os exercícios para a reabilitação de lesões musculoesqueléticas podem ser divididos em três categorias: exercícios resistidos (fortalecimento muscular), exercícios aeróbios (caminhadas, corrida, natação,etc) e exercícios neuromotores (equilíbrio, flexibilidade, propriocepção).
Exercícios Resistidos
Ajudarão a recuperar a força dos músculos afetados pela lesão. Eles podem ser realizados com o uso de pesos livres, elásticos, máquinas ou o próprio peso corporal. Maior força dos músculos em torno da região afetada = melhora da estabilidade e o suporte das articulações. O movimento das articulações durante o exercício ajuda na distribuição do líquido sinovial, que atua como lubrificante articular natural, melhorando a mobilidade e reduzindo o atrito.
Exercício Aeróbio
O exercício aeróbio aumenta a circulação sanguínea, o que é crucial para o transporte de nutrientes e oxigênio para os tecidos lesionados, acelerando o processo de reabilitação. Além disso, a prática regular desses exercícios pode reduzir a inflamação no corpo. Os exercícios aeróbios também estimulam a produção de endorfinas e encefalinas, peptídeos opioides endógenos. Quando os receptores opioides são ativados pelas endorfinas ou encefalinas, eles inibem a transmissão dos sinais de dor ao longo das vias nervosas.
Exercícios Neuromotores
Exercício neuromotor, às vezes chamado de funcional, incorpora habilidades motoras como equilíbrio, coordenação, marcha, agilidade e propriocepção, ajudando a prevenir novas lesões. Atividades físicas multifacetadas como tai chi e ioga e o Pilates envolvem combinações variadas de habilidades neuromotoras.
Como garantir uma reabilitação rápida e segura?
Os exercícios para a reabilitação de lesões musculoesqueléticas devem ser realizados com frequência, intensidade e duração adequadas à condição de cada pessoa. Eles devem ser iniciados gradualmente e progredir conforme a melhora da lesão. Porém, é importante respeitar os limites do corpo e evitar exercícios que causem dor ou desconforto.
Os benefícios dos exercícios para a reabilitação de lesões musculoesqueléticas são comprovados pela ciência. Além disso, os exercícios podem melhorar a mobilidade e a qualidade de vida das pessoas que sofrem com dores e traumas.
Mas é importante lembrar que o êxito na reabilitação de lesões musculoesqueléticas depende do nosso papel, como profissionais de saúde, que orientam as atividades físicas para os pacientes, e dos profissionais de educação física, responsáveis pela prescrição e acompanhamento do treinamento.
Por isso, mais do que simplesmente prescrever exercícios, é essencial adotar uma abordagem empática, com comunicação clara e assertiva, capaz de impactar positivamente a vida das pessoas e contribuir para a saúde coletiva.
Se você deseja se tornar esse tipo de profissional, entre em contato comigo! Posso auxiliá-lo a desenvolver estratégias de treinamento eficazes para pacientes com doenças e lesões musculoesqueléticas, além de aprimorar sua abordagem, comunicação e atendimento.
Conte comigo e vamos juntos #DeOlhoNoMovimento.