A prescrição adequada de exercícios é fundamental para o sucesso da reabilitação e nós, profissionais de saúde e educação física, desempenhamos um papel crucial nesse processo, ajudando a otimizar os resultados.
Além disso, cabe a nós a divulgação de informações relevantes e assertivas, que consigam desestimular comportamentos sedentários, promovendo a saúde coletiva.
Através destes pilares, que abordaremos a seguir, conseguimos melhorar nosso atendimento, conquistando mais confiança dos pacientes/alunos e, claro, sendo agentes da mudança que desejamos.
Importância de uma boa avaliação inicial
A eficácia dos exercícios depende do tipo, localização e gravidade da lesão, bem como das características individuais.
A reabilitação eficaz requer uma abordagem individualizada, considerando não apenas a lesão em si, mas também as características únicas de cada pessoa. O trabalho conjunto entre fisioterapeutas, profissionais de educação física e pacientes/alunos é essencial para alcançar resultados positivos na recuperação e, para isso, os pontos a seguir precisam ser levados em consideração.
Compreensão da dor
É fundamental que os profissionais de saúde entendam as origens e variedades de dores. Por exemplo, dores relacionadas à artrose no joelho requerem abordagens diferentes das dores causadas por hérnia de disco lombar.
Avaliação específica e planejamento adequado
Realizar uma avaliação detalhada da lesão e dos sintomas é essencial. Isso permite estabelecer metas realistas e criar um plano de treinamento personalizado para cada paciente/aluno.
Considerar as habilidades, necessidades, restrições e objetivos individuais é crucial para o sucesso da reabilitação.
Adesão do paciente ao exercício físico
A avaliação inicial deve levar em conta a adesão da pessoa ao programa de exercícios. Manter a pessoa em movimento é fundamental para a recuperação. Para isso, é essencial entender qual tipo de atividade se encaixa mais com o perfil deste paciente/aluno.
Determinação dos parâmetros do exercício
Compreendendo o perfil do paciente/aluno, é possível determinar a frequência, intensidade, duração, volume e tipo de exercício mais adequados.
Escolha abordagens que sejam relevantes para a condição da pessoa. Por exemplo, se ela gosta do ambiente de musculação, basta adequar o treinamento de acordo com a fase da reabilitação. Se ela tem hérnia de disco lombar e gosta de natação, procure ajudá-la na preparação física específica para este esporte, evitando episódios de dor.
Ajuste a intensidade com base na capacidade do paciente/aluno. Use escalas de percepção de esforço (como a Escala de Borg) para monitorar a intensidade.
Defina a frequência semanal e a duração das sessões de exercício com base nas metas e na tolerância individual.
E lembre-se de iniciar com exercícios simples e aumentar gradualmente a dificuldade. Isso evita sobrecarga e lesões.
Histórico médico
Outro ponto importante é conhecer as condições médicas prévias: lesões, cirurgias e medicamentos que o paciente/aluno faz uso.
Exercícios recomendados para pessoas em reabilitação
Ao conhecermos mais profundamente o tipo de dor e considerarmos o perfil individual do paciente/aluno, torna-se possível definir estratégias de treinamento eficazes, com bases nos tipos de exercícios adequados para cada situação.
Exercícios aeróbios
São indicados para melhorar a saúde e resistência cardiovascular.
Opções incluem natação, hidroginástica, ciclismo e caminhada.
A dosagem deve ser ajustada de acordo com as fases do tratamento e os sintomas do paciente/aluno.
Exercícios neuromotores
Contribuem para aliviar a rigidez e aumentar a mobilidade articular. Práticas como ioga, pilates ou tai chi chuan são benéficas. O foco está na coordenação, equilíbrio e consciência corporal.
Exercícios resistidos (força)
Essenciais para aumento de massa e força muscular o que colabora com a redução da pressão nas articulações. Pacientes com artrose no joelho, por exemplo, podem se beneficiar muito do aumento da força muscular.
A fraqueza muscular está associada à má distribuição de carga na articulação do joelho e à piora do quadro inflamatório, o que pode afetar a evolução da doença.
Como melhorar sua prescrição de exercícios?
Para prescrever exercícios físicos de forma eficaz e melhorar a qualidade de vida do aluno/paciente, é essencial realizar uma boa avaliação do perfil dele. Isso facilita a orientação da frequência, intensidade, duração, volume e tipo de exercício pelo profissional de educação física.
O sucesso nas estratégias de treinamento depende dos profissionais de saúde que orientam as atividades físicas e dos profissionais de educação física responsáveis pela prescrição e acompanhamento do treinamento.
Mas, mais do que receber orientações para avaliação e prescrição de exercícios, é importante ter uma abordagem empática e uma comunicação clara para impactar positivamente a vida das pessoas e contribuir para a saúde coletiva.
Se você deseja se tornar um profissional assim, entre em contato comigo! Posso ajudar a desenvolver estratégias de treinamento eficazes para pessoas em reabilitação, melhorando sua abordagem, comunicação e atendimento.
