A osteoartrite do quadril, também conhecida como coxartrose, é uma desordem musculoesquelética degenerativa que afeta a cartilagem e os ossos da articulação do quadril, podendo causar dor, rigidez, inchaço e limitação do movimento. As causas são multifatoriais, incluindo fatores genéticos, traumas, infecções, inflamações ou sobrecarga da articulação.
Os sintomas incluem dor localizada no quadril, que geralmente ocorre durante o dia e ao caminhar ou ficar sentado por muito tempo. Sua prevalência é maior em idosos, obesos, atletas e também pessoas que apresentam outras doenças associadas.
O exercício físico, a educação do paciente e a manutenção de um índice de massa corporal abaixo de 25 kg/m2 compreendem o tratamento de primeira linha recomendado pelas diretrizes internacionais. Neste sentido, o treino de força é uma alternativa eficaz, como veremos a seguir.
O que é o treinamento de força?
O Exercício resistido (treinamento de força) é uma modalidade de exercício físico que envolve a contração muscular contra uma resistência externa, como pesos, elásticos, máquinas ou o próprio corpo. O objetivo é aumentar a força, a resistência, a massa muscular, a densidade mineral óssea, o metabolismo basal, redução da gordura visceral, melhora do metabolismo da glicose, do desempenho motor, do risco de lesões musculoesqueléticas e maior autonomia nas atividades diárias.
Este treinamento pode ser conduzido de diferentes formas e a intensidade, a frequência, a duração e a progressão do treinamento devem ser ajustadas de acordo com o nível de treinamento prévio, as limitações e os objetivos de cada pessoa.
Benefícios do treinamento de força para pacientes com osteoartrite do quadril
O treinamento de força pode trazer diversos benefícios para pacientes com osteoartrite do quadril, como:
- Redução da dor e dos quadros inflamatórios;
- Aumento da força, resistência e estabilidade dos músculos que envolvem o quadril, como os glúteos, os abdutores, os adutores, os flexores e os extensores;
- Melhora da mobilidade, da flexibilidade e da amplitude de movimento do quadril;
- Melhora da função, da capacidade e da qualidade de vida dos pacientes, ao facilitar as atividades diárias, como caminhar, subir escadas, sentar e levantar;
- Retardar a progressão dos sintomas da doença;
Cuidados necessários durante o treinamento de força para pacientes com osteoartrite do quadril
O treino de força para pacientes com osteoartrite do quadril deve ser feito com cuidado e supervisão de um profissional qualificado, pensando em estratégias de treinamento eficazes para aliviar a dor e melhorar a função articular. Para isso, alguns cuidados são importantes:
- Fazer uma avaliação física antes de iniciar o treinamento, para identificar o grau da doença, as limitações, as necessidades e os objetivos de cada paciente;
- Escolher os exercícios mais adequados para cada caso, levando em conta a dor, a mobilidade e a força do quadril;
- Respeitar o princípio da individualidade, adaptando a intensidade, a frequência, a duração e a progressão do treinamento, de acordo com o nível de condicionamento, a tolerância e a resposta de cada paciente;
- Ajustar os exercícios que envolvam saltos, grande amplitude de flexão, agachamentos profundos, a depender dos sintomas e limitações de movimento avaliados;
- Ajustar o aquecimento considerando quadros de maior rigidez para preparar o corpo para o treinamento;
- Monitorar a dor, edema, restrição de movimento, durante e após as sessões, ajustando ou interrompendo o treinamento se necessário;
- Combinar o treinamento de força com outras modalidades de exercício quando possível e indicado, como aeróbios (caminhadas, corridas, natação, hidroginásticas, etc) e neuromotores, para obter melhores resultados.
Quais exercícios podem estar no planejamento dos treinos de força dos pacientes com osteoartrite do quadril?
Para estruturarmos a seleção dos exercícios que serão incluídos nos treinos dos pacientes com osteoartrite do quadril, devemos levar em consideração o diagnóstico do paciente e o que a ciência nos mostra no processo de reabilitação que geralmente inclui os movimentos abaixo e suas variações:
- Extensão/flexão de quadril
- Extensão/flexão de joelhos
- Abdução/adução de quadril
- Agachamento/ Leg press (geralmente com ajustes de amplitudes nos mais sintomáticos)
É importante lembrar que para que a prescrição do exercício físico seja efetiva na redução da dor e na melhoria da função articular, aumentando a qualidade de vida do paciente, é fundamental realizar uma avaliação completa.
Cada um traz consigo um histórico de saúde e de experiência com atividades físicas que precisam ser levados em consideração pra um direcionamento específico do treinamento.
É imprescindível conhecer o perfil do paciente para que seja possível direcionar a frequência, intensidade, duração, volume e os tipos de exercícios de forma mais adequada.
Ou seja: o sucesso das estratégias de treinamento depende dos profissionais de saúde que orientam as atividades físicas aos seus pacientes e dos profissionais de educação física que prescrevem e acompanham o treinamento.
Por isso, é essencial ter uma abordagem empática, com comunicação clara e assertiva, capaz de mudar a vida das pessoas e contribuir para a saúde coletiva.
Se você deseja se tornar um profissional desse tipo, entre em contato comigo! Posso ajudá-lo a desenvolver estratégias de treinamento eficazes para pacientes com doenças e lesões musculoesqueléticas, além de melhorar sua abordagem, comunicação e atendimento.
Conte comigo e vamos juntos #DeOlhoNoMovimento.