Prevenção de lesões nas atividades físicas e esportivas

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Pensando em saúde coletiva, é urgente que o mundo se torne fisicamente mais ativo. Neste sentido, é fundamental que nós profissionais saibamos orientar as pessoas dentro do que há de mais atual no universo da prática de atividades físicas e esportivas de modo seguro, visando a saúde geral a longo prazo. 

A prática de atividades físicas e esportivas no decorrer da vida traz inúmeros benefícios ao bem estar físico, emocional e social, porém algumas atividades não estão isentas do risco de lesões musculoesqueléticas.

O afastamento das atividades físicas por lesões traz consequências negativas, como: sobrepeso, osteoartrite pós-traumática, comorbidades e redução da qualidade de vida. 

Estudo que analisa a carga global das doenças demonstrou que as desordens musculoesqueléticos são a sétima causa de incapacidade em todo o mundo. Estes dados não são especificamente frutos de atividades esportivas e sim dados gerais destas desordens no mundo, mas sabemos que  a inatividade física ou a lesão em uma prática mal orientada colaboram com este cenário. 

Para diminuirmos essas consequências relacionadas ao exercício físico ou à inatividade é preciso um esforço conjunto entre todos os profissionais da saúde, começando com a melhora da  nossa comunicação.

A nossa linguagem precisa ser mais coerente, baseada no que há de mais atual e científico na orientação de atividades físicas. Na última década houve um grande avanço no conhecimento das lesões, nos estudos sobre protocolos de prevenção, na abordagem biopsicossocial, mas a maioria dos profissionais ainda não implementa estes conceitos em suas práticas clínicas. Se os resultados de pesquisa forem executados pelos profissionais nas academias, clubes e clínicas, no decorrer dos anos poderemos ver mudanças significativas neste contexto. 

Com toda expansão da tecnologia ficou muito mais fácil reduzir o hiato entre as pesquisas científicas e a prática e é nisso que precisamos focar na orientação da atividade física.

Vou colocar o exemplo da Educação física aqui, sendo minha área de atuação, mas a reflexão vale para qualquer outro profissional da saúde que não atua diretamente com a atividade física nestes casos. 

De uma maneira geral, na graduação em Educação Física não aprendemos sobre as lesões, como elas ocorrem, como atuar para preveni-las e nem como trabalhar com pessoas que já apresentam doenças e lesões musculoesqueléticas. Algumas disciplinas até abordam doenças crônicas, mas geralmente de modo superficial. Quando nos formamos e começamos a trabalhar cheio de expectativas, muitas vezes não nos damos conta de que a maioria das pessoas que procurarão nossos serviços nas academias, clubes, estúdios e clínicas apresentarão alguma lesão ou diagnóstico de doenças crônicas. E como você lida com estes casos?

Assumir que sabemos bem pouco sobre estes temas é o primeiro passo para se tornar um profissional diferenciado na orientação de atividades físicas para este público e também capaz de delinear programas preventivos. Atualmente se fala muito em prevenção de lesões, mas este conceito precisa ser enxergado de uma maneira ampla e multiprofissional.

Para aprofundar sobre a prevenção de lesões nos esportes leia também:

Tendências atuais na prevenção de lesões esportivas:  https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1521694219300312?via%3Dihub

Implementação da ciência para redução da prevalência e do ônus dos distúrbios musculoesqueléticos após lesões relacionadas ao esporte e ao exercício: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1521694219300336?casa_token=Tpuph6qed68AAAAA:ao0umwOxcpidq7IClkdockEKF4YmD5pWZ3HMotPvbnW94iqQdQzC-3rejqvUy0v-nKDvqlkeznE

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