As lesões musculoesqueléticas são aquelas que afetam músculos, ossos, coluna vertebral, ligamentos, meniscos, cápsulas articulares, membros inferiores e superiores, dentre outras estruturas, principalmente relacionadas aos músculos e articulações.
As lesões musculoesqueléticas (LME) estão entre as desordens mais frequentes relacionadas ao trabalho e prática de esportes.
Na Europa, por exemplo, pesquisas apontam que as LME são o problema mais comum relacionado ao trabalho. Quase 25% dos trabalhadores diziam sofrer de lombalgias e 22% queixavam-se de dores musculares constantes.
Estas lesões musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho costumam afetar os membros superiores, ombros, pescoço e costas, principalmente, causando danos às articulações e outros tecidos.
São lesões que podem variar entre leve desconforto até dores extremas e constantes em casos crônicos, incapacitando trabalhadores.
Entender e prevenir este tipo de lesão é essencial para permitir que mais pessoas consigam trabalhar, realizar suas atividades diárias e, principalmente, ter qualidade de vida.
Principais causas de lesões musculoesqueléticas
As LME normalmente se desenvolvem ao longo do tempo, resultante da combinação de vários fatores de risco, incluindo fatores fisiológicos, biomecânicos, fatores organizacionais e psicossociais, além de individuais.
Podemos citar como fatores contribuintes para lesões musculoesqueléticas:
- Movimentos repetitivos por longos períodos
- Passar muitas horas estático, na mesma posição
- Movimentação de cargas pesadas
- Ambientes com má iluminação, baixas temperaturas ou exposição a vibrações
- Trabalho em ritmo acelerado
- Exigências elevadas no ambiente de trabalho
- Pouca autonomia
- Intimidação, assédio, discriminação
- Ausência de pausas ou oportunidades para mudar de postura
- Pouco tempo para realizar refeições
- Má alimentação
- Abuso de remédios
Como prevenir lesões musculoesqueléticas?
Para prevenir as lesões musculoesqueléticas, é essencial compreender diversos aspectos da rotina de vida, como: tipo de trabalho, nível de estresse, qualidade do sono, prática de atividades físicas, qualidade da alimentação e hidratação.
Promover atividades físicas e combater o sedentarismo
O sedentarismo é um grande vilão para a nossa sociedade moderna, contribuindo para o aumento das lesões musculoesqueléticas.
Crianças passam horas na frente de videogames e streamings, sentados em cadeiras em frente a computadores ou sobre uma tela de celular. Estes comportamentos enfraquecem ossos e músculos, favorecem a obesidade e o surgimento de doenças e lesões.
Um estudo que fala sobre estratégias para otimizar a saúde musculoesquelética no século XXI, cita que em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, quase 50% da população na realiza os níveis mínimos de atividade aeróbica recomendada pelas Diretrizes de Atividade Física.
E mais: meio milhão de europeus morrem todos os anos como resultado da inatividade física. Isso acaba custando mais de 80 bilhões de euros por ano para a economia europeia.
A inatividade física e o sedentarismo facilitam o surgimento de lesões por esforço repetitivo, de diabetes, pressão alta, problemas psicológicos, além de uma série de outras doenças que refletem no corpo humano.
Aquela dor nas costas que tanto incomoda algumas pessoas é o reflexo também de muito estresse e pouca atividade física, que enfraquece os músculos, articulações e ossos.
E, para prevenir isto, é fundamental atingir as recomendações da OMS, que sugere que adultos (18-64 anos) devem realizar ao menos duas horas e 30 minutos de atividade física moderada por semana. Ou seja, aproximadamente 21 minutos por dia de atividade, como uma caminhada (Exemplo: Caminhar a 4 km/h em ritmo constante em superfície firme).
Dentre aqueles que já praticam alguma atividade física, para evitar lesões musculoesqueléticas o ideal é que conheçam melhor os limites do próprio corpo para entenderem os sinais de sobrecarga. E no caso daqueles que praticam esportes, uma preparação física específica para o tipo de esporte praticado é fundamental, além de respeitar os intervalos de descanso.
Aliado a isso, o ponto que cito a seguir, também é de extrema importância.
Ter uma alimentação saudável e uma boa qualidade do sono
Além das atividades físicas, uma alimentação saudável é essencial, pois permite que células, músculos, ossos e todo o corpo humano tenha a energia necessária para se fortalecer, evitando lesões musculoesqueléticas. Já um bom sono é crucial para recuperação dos tecidos.
É consenso entre nutricionistas, médicos, profissionais de educação física, que uma dieta rica em frutas, legumes, verduras e proteínas com cada vez menos itens processados e industrializados, é capaz de transformar nossa saúde.
No estudo citado anteriormente, outro dado mencionado foi sobre um acompanhamento de 3 anos feito com quase 400 adultos, mostrando que dietas ricas em potássio, oriundos de frutas e vegetais, reduziram a perda muscular em adultos.
E mais: a ingestão de flavonoides, composto encontrado em muitas frutas e vegetais, estava correlacionada com uma boa densidade óssea, principalmente em mulheres na peri-menopausa.
No estudo “Estratégias para otimizar a saúde musculoesquelética no século XXI” você encontra a citação destas e outras pesquisas que comprovam a importância de uma boa alimentação e da prática de atividades físicas.
Além disso, você pode entrar em contato comigo pelo Whatsapp para tirar suas dúvidas e saber mais sobre como prevenir lesões musculoesqueléticas.
Fontes