Dor no ombro? Síndrome do impacto? Estratégias no treinamento físico para aliviar a dor e melhorar a função desta articulação

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Seu aluno/paciente já sentiu dor no ombro ao realizar alguma atividade física? Atualmente sabemos que a dor no ombro é uma condição multifatorial, e dentre as origens pode estar a síndrome do impacto (SIS). Na SIS há possibilidade de acontecerem, isolada ou conjuntamente, tendinopatias (manifestações patológicas crônicas) do manguito rotador e da cabeça longa do músculo bíceps braquial, rupturas tendíneas (parciais, totais e massivas) e bursite subacromial. 

Estas condições podem causar bastante dor e até dificultar a realização de alguns movimentos, impedindo pessoas de realizarem exercícios e prejudicando a qualidade de vida. 

Em termos de tratamentos fisioterapêuticos, a literatura científica recomenda fortemente abandonar os rótulos diagnósticos e diagnósticos anatomopatológicos para conduta de reabilitação. Nestes casos o fisioterapeuta deve realizar um diagnóstico cinético-funcional com abordagem biopsicossocial para definir o processo de reabilitação.  

E no momento de retomada do exercício físico, é essencial que o profissional de educação física entenda melhor sobre este assunto e aplique estratégias de treinamento para controle da dor e manutenção da função física desta articulação. 

Quais os sintomas da síndrome do impacto do ombro? 

Os avanços nas pesquisas atualmente revelam variados empenhos para organizar o procedimento de determinação clínica para os desconfortos no ombro, incluindo a SIS, e para progredir rumo a reconhecer conjuntos de indivíduos com atributos mais uniformes, que consigam guiar o método de reabilitação. 

 De modo geral, pessoas com este diagnóstico apresentam: 

  • Sintomas desencadeados ou agravados por atividades repetidas acima de 90º de elevação do braço ou com estiramento causado por trauma direto como a queda sobre o ombro  
  • Sensação de “pinçamento” no meio do arco de movimento (cerca de 90º) ou arco doloroso na elevação ativa do braço   
  • Reprodução da dor nos testes resistidos dos músculos do manguito rotador, realizados no meio do arco de movimento durante a flexão e a abdução do braço  
  • Fraqueza dos músculos do manguito rotador 

Estratégias no treinamento físico  

Como profissional de educação física, você pode ajudar seus alunos a prevenirem e amenizarem as dores do ombro/síndrome do impacto com estratégias de treinamento adequadas. Veja algumas dicas: 

  • Avalie a condição física e o histórico de lesões dos seus alunos antes de prescrever o exercício físico.  
  • Elabore um programa de treinamento individualizado, respeitando as características, os objetivos e as necessidades dos seus alunos. Varie os tipos, as intensidades e as frequências dos exercícios para evitar a sobrecarga das articulações.
  • Inclua exercícios de mobilidade articular, que visam aumentar a amplitude de movimento das articulações e reduzir a rigidez muscular do complexo do ombro.
  • Inclua exercícios de estabilidade articular, que visam fortalecer os músculos que sustentam as articulações e melhorar o controle neuromuscular.
  • Inclua exercícios de ganho de flexibilidade, que visam aumentar a elasticidade dos tecidos.
  • Oriente seus alunos sobre a importância do aquecimento específico pré-treino e de se recuperar depois dos treinos.
  • Ensine seus alunos sobre a importância de cuidar da quantidade de movimentos realizados ao longo dia. Permanecer longos períodos na mesma posição pode ser desconfortável além de não ser benéfico para saúde como um todo.

Como garantir o sucesso das estratégias no treinamento físico? 

Para garantir que a prescrição do exercício físico seja eficaz na redução da dor e na melhora da função física, aumentando a qualidade de vida do paciente, é fundamental realizar uma avaliação rigorosa.  

Conhecer o perfil do paciente permite que o profissional de educação física determine a frequência, intensidade, duração, volume e tipo de exercício mais adequados. 

É importante lembrar que o sucesso do treinamento depende dos profissionais de saúde que orientam as atividades físicas e dos profissionais de educação física que prescrevem e monitoram o treinamento.  

Além de prescrever exercícios, é essencial ter uma abordagem empática e uma comunicação clara para melhorar a vida das pessoas e contribuir para a saúde coletiva. 

Se você deseja se tornar um profissional assim, entre em contato comigo. Posso ajudá-lo a desenvolver estratégias de treinamento eficazes para pacientes com doenças e lesões musculoesqueléticas, além de aprimorar sua abordagem, comunicação e atendimento. 

Conte comigo e vamos juntos #DeOlhoNoMovimento.